Páginas

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Personalidades Alentejanas - JÚNIOR, Francisco Teófilo de Oliveira


(n. Arroches a 25 Dezembro 1891; m. Lisboa a 6 Junho 1939)

Filho de Francisco Teófilo de Oliveira e Joana de Aurélio Pereira. Estudou em Arronches e Portalegre. Aos 12 anos foi internado no Colégio S. Fiel, um dos mais prestigiados estabelecimentos de ensino dirigido por jesuítas. Após quatro anos de frequência deste colégio, desistiu por não se adaptar. Um ano depois fez o exame para o 5.º ano dos liceus, que veio a concluir em Lisboa juntamente com o ensino secundário.

Nesta época o jovem arrochense não escapou ao ambiente tenso, febril, carregado de idealismos e de ingenuidades. Ainda estava bem viva a ditadura de João Franco, abruptamente abreviada pela tragédia do Terreiro do Paço.

Teófilo Júnior abraçou o republicanismo e em Agosto de 1910 inicia a sua colaboração no órgão oficial do Partido Republicano no distrito de Portalegre: Intransigente. Para este periódico escrevia artigos assinados com o pseudónimo Emídio Montano. Apesar da sua ligação preferencial ao republicanismo conservador não o impediu de relaciona-se com outros sectores, mesmo afectos ao Partido Democrático, sobre o qual viria a manifestar sérias reservas.

Matriculou-se em 1911 na Faculdade de Letras de Lisboa na Secção de Filologia Românica, permitindo-lhe vir a consolidar os seus conhecimentos e perspectivá-los para outros horizontes. Por esta altura começa a escrever para A Fronteira de Elvas (22 Outubro). Iniciou também a colaboração noutros periódicos: A Cidade (1915), O Leste; O Evolucionista; O Jornal (1918).

Além da licenciatura em Românicas, Teófilo Júnior frequentou a Escola Normal Superior de Lisboa. Em Dezembro de 1918 foi nomeado professor agregado do Liceu de Passos Manuel em Lisboa. Casou a 21 de Dezembro de 1921 com Clarisse Valente de Almeida. A 31 de Maio de 1927 foi contratado como professor do Instituto de Orientação Profissional. Em 1931 passa para o Liceu de Santarém, mas, nesse ano, problemas familiares e políticos interromperam a sua carreira de docente que se augurava auspiciosa. 
Permaneceu durante alguns meses em Badajoz, acabando por ser demitido do Instituto de Orientação Profissional por abandono do lugar. No ensino secundário optou por uma licença ilimitada. Daqui por diante trabalhou como professor particular, leccionando em casa.

Francisco Teófilo de Oliveira Júnior viveu intensamente o período febril e contraditório que foi a I República Portuguesa. Reflectiu sobre ele e produziu uma obra política e literária assinalável.



In VENTURA, António - Teófilo Júnior: Vida e Obra. Arronches: Câmara Municipal de Arronches, 1991. pp. 5-21.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Gastronomia Tradicional Alentejana - Borrego à Camponesa


Ingredientes:
1,5 kg de borrego
azeite
1 folha de louro
5 dentes de alho
1 colher de chá de colorau
1 limão
1 molho de coentros
sal, pimenta e piripiri

Preparação:
Corta-se o borrego e tempera-se com sal pisado, dentes de alho e louro. Leva-se ao lume um tacho com azeite necessário para fritar. Logo que esteja bem quente, frita-se o borrego até alourar. Adiciona-se água e deixa-se cozer
com o tacho tapado. Tempera-se com o colorau, a pimenta e o piripiri. Pouco antes de servir misturam-se os coentros picados e o sumo de limão. Serve-se com esparregado.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Pastor e cabra


Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 - 1960
Legenda Pastor e cabra
Cota DFT7905 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Personalidades Alentejanas - GAMA, Eurico Garcia Miranda


(n. Elvas a 11 Junho 1913)

Escritor e jornalista. Frequentou, nas Faculdades de Letras de Lisboa e Coimbra, a secção de Filologia Germânica, e ttornou-se professor do ensino secundário particular.

De entre os seus trabalhos publicados, destaca-se: O 1.º de Dezembro de 1640 (1937); Luís de Camões (1937); Notícias da Fundação da Diocese de Elvas e Relação completa dos bispos que a governaram (1943); Fastos da Minha Terra, 1.º vol. (1942-43). Foram publicados mais tarde a Monografia de Elvas, os romances Madalena, Ester e Vinte e quatro horas de uma vida.

Colaborou ainda nos seguintes jornais: Diário de Notícias, O Século, A Voz, Diário de Lisboa, de Lisboa; O Renascimento, de Évora, de que foi fundador e secretario de redacção; A Democracia do Sul, Boletim da Casa do Alentejo, Brados do Alentejo, de Estremoz; Correio Elvense e Jornal de Elvas, de que foi director.

Ganhou em Junho de 1944 o Prémio de Honra nos Jogos Florais de Badajoz, com o ensaio D. Afonso X, o Sábio, de Castela, e D. Sancho II, o Capelo, de Portugal.

In Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. Lisboa; Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia Lda., [195-]. Vol. XII, p. 109.

sábado, 15 de junho de 2013

Anedotas de Alentejanos

Estavam dois alentejanos sentados numa esplanada quando passa um automóvel a grande velocidade. Passada meia-hora diz o primeiro alentejano: - Era um Porche!
Meia-hora mais tarde diz o segundo: - Não era nada, era um Ferrari.
Duas horas mais tarde diz o primeiro para o segundo: - Eu vou mas é embora que a conversa já cheira mal!...





Estavam dois alentejanos sentados à sombra de uma oliveira quando passa um elefante a voar. Os dois olham com cara estranha ao sucedido mas não dizem nada.
Passado algum tempo passa outro, e continuam a passar até ao fim da tarde.
Diz então um alentejano para o outro: - Ó compadre, só há uma explicação...
- E qual é? - diz o outro.
- O ninho deve ser aqui perto!





Um alentejano vai ao médico e este receita-lhe uns supositórios que o alentejano compra numa farmácia. Algum tempo depois encontram-se e o médico pergunta:
- Então, que tal se tem dado?
- Olhi, dótôri, ê custa-me munto é a inguliri aquélas côzas!
- Mas você toma-os pela boca???
- Queria vocemessê qu'ê os metêssi no cu, não?




Um alentejano vai para Lisboa com uma vaca e põe-se à boleia.
Passa um bruto carro, e resolve-lhe dar boleia. Atam a vaca ao pára-choques e põem-se a andar.
O condutor, que não gostava de alentejanos, decide-se vingar na vaca.
O carro acelera: 60, 100, 140, 180, ...
E o condutor diz para o alentejano:
- Ó amigo, a vaca não vai bem! Isto é gás a mais p’ró animal! Já vai com a língua de fora!
- Vai com a língua de fora? - diz o alentejano - E p’ra que lado é que tá a língua?
- Está do lado esquerdo. - diz o condutor.
- Então encoste que ela quer ultrapassar!




Há um alentejano que chega a um café e diz:
- Ó compadre, tem aguardente para cabrões?
- Tem sim senhor! - responde o empregado.
- Então beba-a você e dê-me uma cerveja!





Eram dois alentejanos, e um deles estava a esborrachar um caracol com o pé. Então diz-lhe o outro:
- Então compadre, está a fazer mal a um animal que não lhe faz mal nenhum?!
- Ah, não que não faz! O malandro anda-me a perseguir há três dias.




Dois alentejanos dormiram com duas francesas. No outro dia diz um alentejano para o outro:
- Eram tão boas, tão boas que ainda eram virgens!
Dizem elas, uma para a outra:
- Eram tão estúpidos, tão estúpidos que não sabem que as mulheres usam collants!




Um alentejano comprou os óculos de ‘raios x’ ao super-homem. E então veio-se a divertir pela rua ao ver as pessoas nuas, levantando e baixando os óculos. Cantava ele:
- Vestido, nu! Nu, vestido!... Vestido, nu! Nu, vestido!
Ao chegar a casa, ainda com os óculos, vê a mulher na cama com outro homem. Continuou ele:
- Nu, nu!... Nu, nu???
- Ainda agora comprei esta merda e já está avariado!




Dois alentejanos, aproximando-se a hora do almoço discutem onde seria o melhor sítio para almoçar. Diz um deles:
- Olha, aquele chaparro parece um bom sítio!
- Tu estás tolo! - diz o outro - Estás a ver a estrada! Os gajos vem lançados na curva e depois vêem bater no chaparro!
- Então onde vamos comer?
- Vamos comer no meio da estrada!
E foram!
Um homem que vinha de carro, ao ver dois homens no meio da estrada, não tem mais nada, desvia-se e vai bater no chaparro.
Diz então o segundo alentejano:
- Tás a ver compadre! Olha se a gente lá tivesse os dois!




Chega um alentejano a uma taberna com uma mala grande na mão e pergunta:
- Ó compadres, alguém quer comprar um par de cornos?
Ninguém respondeu. Diz então o alentejano:
- Ah, boa tarde! Já vi que estão todos servidos!




Diz um alentejano à mulher:
- Ó Maria, prepara uma roupa que eu quero tomar banho p’ra depois tratar dos negócios!
E a mulher prepara a roupa e põe-na na casa de banho.
Vai o homem tomar banho, começa a correr água e grita:
- Ó Maria, traz-me o champô porra!
- Ah homem, então o champô tá aí na casa de banho! - diz a mulher.
- Ah, isto é para cabelos secos e eu já molhei a cabeça!




~Vão dois alentejanos a uma piscina. Nisto um deles sobe à prancha e diz o outro:
- Ó compadre, você parece uma águia!
- Porquê compadre? É por causa do meu ‘pêto’?
- Não compadre, por causa das suas unhas!





Um alentejano andava sempre a ver as horas. Nisto o relógio avariou e o alentejano todo armado em engenhocas abre o relógio. E, ao ver um mosquito morto lá dentro diz:
- Então como é que isto havia de funcionar?! O maquinista morreu!...





Um viajante do norte chegou ao Alentejo. Como vinha muito cansado, decidiu descansar debaixo de uma azinheira.
Quando se deitou debaixo da árvore, reparou que em cima estava um alentejano a fazer:
- Nhéee, ...nhéee!
O viajante, não querendo chatear o alentejano, dirigiu-se para outra azinheira. Foi para outra mas, lá se encontrava outro alentejano a fazer a mesma coisa:
- Nhéee, ...nhéee!
Dirige-se de novo para uma outra árvore, mas nesta estava um alentejano a dormir. O indivíduo decidiu então sentar-se debaixo desta árvore e dormir também, mas, ao deitar-se fez barulho e o alentejano acordou. Pergunta-lhe então o viajante:
- Ó compadre! Porque é que os seus colegas estão a fazer “nhéee, ...nhéee”?
- Oh, esses sacanas já aí vem?! Nhéee, ...nhé nhéee!




Há dois alentejanos que vão à feira de Beja e compram dois porcos, um para cada um. Então, chegam à aldeia e metem os dois porcos na mesma pocilga.
Entretanto, anoitece e um dos compadres começa-se a lembrar:
- ”Os dois porcos estão na pocilga. Temos que fazer um sinal aos porcos para saber qual é o porco de um e o porco do outro.”
No outro dia, diz um compadre para o outro:
- Compadre, temos que fazer um sinal aos porcos para saber qual é o porco de um e o porco do outro!
- Tá bem!
No outro dia encontram-se, e diz um para o outro:
- Então compadre, já fez o sinal ao porco?
- Já sim senhor! Cortei-lhe metade do rabo.
- Ó compadre, você não quer lá ver que eu fiz o mesmo ao meu?!
- Não há problema compadre! A gente faz outro sinal.
No outro dia:
- Então compadre, qual foi o sinal que fez desta vez ao porco?
- Olhe compadre, cortei-lhe metade da orelha direita!
- Ó compadre, você não quer lá ver que eu fiz o mesmo ao meu?!
- Mas olhe! Deixe lá isso, você fica com o branco que eu fico com o preto!...




Um alentejano vai a Lisboa pela primeira vez. Quando lá chega entra num bar e, como estava cheio de fome, pergunta ao empregado o que é que eles costumam servir. Responde-lhe o empregado:
- Olhe! Nós, aqui em Lisboa costumamos servir cachorros-quentes!
- Então dê-me lá o cachorro! - responde-lhe o alentejano.
Quando o empregado lhe dá o cachorro, este abre-o e diz:
- Porra! Tinha-me logo que calhar a pior parte do cão!...





Depois de morto, um alentejano vai parar ao inferno, onde o diabo lhe explica as regras:
- Já sabes! Tu daqui não podes sair, mas, sempre podes escolher o tipo de tortura que tu queres!
O indivíduo olha para o catálogo, folheia..., folheia..., e vê uma fotografia da Marylin Monroe a fazer amor com o Hitler. O indivíduo diz de imediato ao diabo:
- É esta a tortura que eu quero!
Diz-lhe o diabo:
- Bom, tu é que sabes!
O diabo vira-se então para os seus ajudantes e grita:
- Para este senhor, a mesma tortura da Marylin!...

Gastronomia Tradicional Alentejana - Borrego Assado à Alentejana com Abóbora


Ingredientes:
1 1/2 kg de borrego
1 1/2 kg de abóbora
2 1/2 dl de vinho branco
q.b. de sal
4 dente(s) de alho
60 gr de banha
q.b. de pimentão doce
1 ramo(s) de salsa
2 cebola(s)
100 gr de toucinho entremeado
q.b. de pimenta branca

Preparação
1.Comece por fazer uma massa com os alhos esmagados com um pouco de sal, junte a banha e o pimentão moído (se não conseguir arranjar pimentão moído, substitua por colorau).
2.Barre o borrego com esta massa, deixando assim uma hora.
3.Ligue o forno à temperatuta de 180º C, e logo que o borrego já tenho tomado o tempero introduza-o no forno e deixe assar, regando de vez em quando com 2 dl vinho branco, para não queimar no fundo e com o próprio molho do assado.
4.O tempo de cozedura não deverá ser inferior a uma hora, mas depende da rijeza da carne.
5.Sirva o borrego inteiro ou cortado, decore com salsa e acompanhe com a abóbora.

Acompanhamento de Abóbora:
1.Descasque a abóbora limpe-a e corte-a em fatias de 10 milimetros de espessura.
2.Num alguidar introduza as fatias de abóbora e tempere com sal, e um pouco de pimentão moído ou colurau.
3.Descasque as cebolas e corte-as em rodelas finas, corte o toucinho tambem em fatias finas.
4.Numa assadeira de forno, coloque no fundo uma camada de cebola, a seguir umas fatias de toucinho, depois uma camada de fatias de abóbora, e sempre assim até acabar, sendo a última camada de abóbora.
5.Regue com 0,5 dl de vinho branco e um pouco da gordura do assado de borrego, (Se não tiver gordura do assado, utilize um pouco de azeite) leve a assar ao forno durante 40 minutos. Sirva na própria assadeira.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Porta do Arrabalde, do Castelo do Alandroal


Vista interior da Porta do Arrabalde, do Castelo do Alandroal. Esta imagem está publicada no Inventário Artístico de Portugal de Túlio Espanca (Distrito de Évora, Zona Sul, Volume II).

Autor David Freitas
Data Fotografia 1978 ant. -
Legenda Porta do Arrabalde, do Castelo do Alandroal
Cota DFT726 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Personalidades Alentejanas - FRAGOSO, João de Matos


(n. Alvito em 1608; m. Madrid a 4 Janeiro 1689)

Poeta do século XVII. Filho de António Fragoso de Matos e Ana de Souza. Estudou Filosofia e Jurisprudência na Universidade de Évora. Foi para Madrid, onde estabeleceu amizade com os principais dramaturgos espanhóis da época. Passou algum tempo em Itália, vindo-se a representar uma peça sua na corte do vice-reinado do Nápoles. Em 1662 professou-se como cavaleiro da Ordem de Cristo.

Relacionava-se bem e nunca teve dificuldades económicas. Os seus mecenas sempre foram nobres importantes e até mesmo o rei Filipe IV de Espanha.

Foi um dos dramaturgos mais proeminentes do século XVII, cuja obra foi quase na totalidade escrita em castelhano. Em 1658 publicou-se em Madrid a primeira parte das suas comédias, composta por doze peças (El amor hace valientes; Amor, lealtad y ventura; Callar siempre es lo mejor; Con amor no hay amistad; El hijo de la piedra; Los indicios sin culpa; El marido de su madre; La tía de la menor; El yerro del entendido; La razón vence al poder; No está en matar el vencer; El traidor contra su sangre). 




In Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. Lisboa; Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia Lda., [195-]. Vol. XI, p. 739.

Wikipédia, a encilopédia livre. Juan de Matos Fragoso. [Online] URL: http://es.wikipedia.org/wiki/Juan_de_Matos_Fragoso. Acedido a 24 de Outubro de 2007.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Gastronomia Tradicional Alentejana - Cabrito de Aljustrel




750 g de cabrito,
sal e pimenta q.b.,
1 colher de chá de colorau,
50 g de margarina,
350 g de cebolas,
2 dentes de alho,
salsa,
2 folhas de louro,
1 pimento verde,
80 g de chouriço,
400 g de tomate,
1 colher de chá de açafrão,
3,5 dl de vinho branco,
1,5 dl de azeite,
piripiri,
1,5 kg de batatas.

Corte o cabrito em pedaços e tempere com vinho branco, sal e pimenta. Aloure na margarina bem quente e escorra. Descasque as batatas, corte em rodelas, lave, escorra e tempere com sal, pimenta e colorau. Corte os alhos em lâminas, a cebola em rodelas finas, o pimento em tirinhas e o tomate em rodelas. Coloque num tacho, e por esta ordem, camadas de cebolas, pimentos, dentes de alho, uma folha de louro, batatas, a carne e tomate. Vá repetindo as camadas até acabar. O chouriço, cortado às rodelas, é a última camada. Deite o açafrão, muito bem espalhado, o vinho branco e o azeite. Deite um pouco de piripiri. Tape e leve a lume médio cerca de 40 minutos. Vá rectificando os temperos a gosto. Sirva polvilhado com salsa picada.

sábado, 1 de junho de 2013

Igreja da Misericórdia de Portel


Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 - 1970
Legenda Igreja da Misericórdia de Portel
Cota DFT889 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME